
Em Brasília, trabalhador é resgatado em situação análoga ao trabalho escravo
Isso aconteceu aqui em Brasília. Na capital do país. Agora, imaginem o que acontece no interior do país, nas cidades onde a fiscalização demora a chegar. E imaginem um governo que prega que os trabalhadores precisam abrir mão de direitos para receber mais:
“O trabalhador informou aos fiscais que veio de Aracaju (SE) e estava na panificadora há quatro meses. Nesse período, não teve sua Carteira de Trabalho assinada e recebeu apenas R$ 100,00 do proprietário. Todos os dias – inclusive sábados e domingos –, ele realizava serviços de ajudante de padeiro, faxineiro, atendimento aos clientes e caixa e dormia atrás do balcão, ou próximo ao caixa, onde colocava o colchonete após o fechamento do estabelecimento.
A jornada de trabalho começava às 6h, quando a panificadora era aberta, e se prolongava até as 21h, no fechamento do estabelecimento, com tempo entre 30 minutos e uma hora para almoço, dependendo do movimento e do serviço do dia. Quando o trabalhador pedia, o empregador lhe concedia um turno de folga na semana, que ele utilizava para entregar currículos.
O homem, de 39 anos, se alimentava no local, com refeições preparadas por ele mesmo ou pela esposa de um dos empregadores. Também fazia um lanche à tarde, utilizando os alimentos da panificadora, e jantava as sobras do almoço. O funcionário utilizava um banheiro, sem chuveiro, nos fundos da loja. Para tomar banho, usava um balde.”
Fonte: Jusbrasil
18 de fevereiro de 2019.
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